31.8.04

comigo, é claro

Ontem fui jantar num restaurante japonês com a namorada (Cris, não deu pra segurar). Cheguei apertado e logo corri ao banheiro. Entrei, fiz o que tinha que ser feito e saí. Na porta, dei de cara com duas mulheres me olhando feio.

Nesse momento percebi que talvez tivesse entrado no banheiro errado (tava limpinho mesmo), mas olhei pra plaquinha na porta que acabara de ser fechada na minha cara e tava lá: M de masculino.

Soltei um "eu hein" mentalmente e já ia me preparando pra descer as escadas, quando resolvi olhar de relance para a outra porta, onde deveria encontrar um F.

Encontrei um H.

quem quer se dar bem?

Visionário como sou, tô levantando capital para abrir uma clínica de emagrecimento. A parada é boa.

Namorada tá fazendo "tratamento" numa dessas por aí. Que consiste em injeções na pança barriga. Injeções de soro fisiológico, que só dão resultado, claro, se você seguir o resto do tratamento à risca. E o resto do tratamento é simples: drenagem linfática, uma dieta de baixas calorias e exercícios aeróbicos.

Se ligou? Injeções. De soro fisiológico. 30 paus a sessão, mínimo de 10 sessões. Aí tu contrata uma nutricionista e faz convênio com uma academia (convênio = 20% de bonificação no caixa da clínica) e tá pronto pra faturar.

Tô dizendo que a parada é boa, mermão? Quem quer investir comigo?

26.8.04

porque crianças são a coisa mais fofa

- Sabe escrever cinquenta e quatro?
54
- Muito bem! E mil, sabe escrever mil?
1000
- Legal! E trinta e oito?
38
- Agora uma bem difícil. Consegue escrever mil e trinta e oito?
100038

9.8.04

Filosofia de trabalho

No livro do Mario Prata, Diário de um Magro, ele comenta sobre a culpa de "não trabalhar". Aparentemente ele coçaria o saco o dia todo, e só trabalha mesmo umas duas horas por dia. Aparentemente.

Na verdade ele percebe que trabalha mesmo 24 horas por dia, que enquanto está jogando paciência no computador, está criando a maior parte do seu trabalho. Que enquanto coça o saco e fuma unzinho, cria.

Isso é o que chamamos de "ócio produtivo", um assunto que eu acho deveras interessante.

O problema é praticar o ócio produtivo num ambiente corporativo - numa empresa, a palavra ócio é entendida com uma forte carga pejorativa.

Mesmo assim eu batalho na função de não deixar essa importante filosofia de trabalho morrer. E para isso existem alguns truques algumas ferramentas importantes.

A ferramenta mais conhecida para a prática do ócio produtivo em empresas é o Alt-Tab (ou Command-Tab no Mac OS, meu caso). A Apple facilitou muito as coisas no último sistema operacional, implantando o Exposé - basta uma única tecla e todas as janelas de orkuts, blogs e fotologs da vida saem correndo pra se esconder nos cantos da sua tela. Um luxo.

Mas essa ferramenta tem seu lado ruim. Se você pratica o Alt-Tab, em pouco tempo vão perceber que você não produz o suficiente e lhe darão um pé na bunda. Aí é que entra meu método preferido: o trabalho em lote (batch work, se você pretende palestrar sobre isso - platéia de palestras adora um termo em inglês, mesmo que seja errado).

O trabalho em lote funciona da seguinte forma: você dedica o equivalente a um dia da semana para produzir em grande escala (não precisa ser necessariamente um dia contínuo). Aí vai soltando o resultado em doses diárias, entre uma blogada e outra, por exemplo. O pulo do gato aqui é saber dosar corretamente a quantidade de trabalho a ser liberada por vez versus a produtividade que esperam de você. Fechou essa conta, pronto.

Se você trabalha numa grande empresa, fica mais fácil. Existe uma equação simples para explicar isso: quanto maior o número de gravatas circulando na sua empresa, mais burocraticamente o trabalho fluirá. Comprovado. Aí aplicar o conceito de ócio produtivo num ambiente assim se torna tão fácil quanto passar o dia tomando cafezinho na máquina de espresso, batendo papo no terraço ou "tomando decisões estratégicas".

Tomar decisões estratégicas então merece um tópico à parte. "Começar um estudo" para avaliação de algum novo projeto pode se transformar naquelas tão esperadas férias.

Existem rumores de gente que leva essa filosofia de trabalho tão a sério que nem aparece nos outros quatro dias da semana. Eu sei que isso existe de fato, mas não vi, não sei e nem quero saber quem foi. Não me envolva.

Claro que o conceito de ócio produtivo não se aplica se você tiver rotina e prazos a cumprir, ou seja, fizer parte da linha de produção e ficar na parte da frente do tabuleiro. Se você não for no mínimo uma torre ou um bispo, sorry. ;-P

O que não te impede de ir treinando a mente - e o corpo - para o dia em que a oportunidade pintar.

filosofia alimentar

Eu sou cervejetariano. E pratico um chopinho também.

6.8.04

não me sai da cabeça

Why did you give me so much desire
When there is nowhere I can go to offload this desire?
And why did you give me so much love in a loveless world?
When there is no one I can turn to
To unlock all this love?

Morrissey

altos papos de boteco (2)

- Quando meu pau não ficar mais duro, acho que vou começar a dar o cu. Porque o que não pode morrer é a sacanagem.

(o nome do autor será mantido em sigilo para preservá-lo de qualquer mal entendido)

altos papos de boteco (1)

Sujeito chega com três amigas e lá pelo quinto chope já está todo simpático. Puxa papo.

Lá pelas tantas, alguém lhe pergunta:
- Com o que você trabalha?
- Computação gráfica - responde com ar superior.
- Ah, legal. E com quais softwares especificamente?
- Powerpoint.