Tecnologia pra quê, porra?
Adoro tecnologia. Vivo disso, aliás. Mas tem coisas que me tiram do sério, como gente que consegue adaptar um conceito bacana em um uso ridículo. Como o que aconteceu hoje, num restaurante no bairro do Paraíso, SP.
Terminei a refeição e fui ao banheiro. Você não perguntou e talvez nem queira saber desse tipo de detalhe da minha intimidade, mas serei obrigado a contar que é para poder terminar o assunto. Fui mijar.
Entrei e procurei o interruptor. Interruptor, você sabe, é aquela coisa que alguns chamam erroneamente de "tomada" de acender a luz. Procurei e não encontrei. Coloquei o corpo mais um pouco para dentro do banheiro e FIAT LUX!
A luz se acendeu, tranquei a porta, me pus defronte ao vaso sanitário e comecei a função que ali me levou. Poucos segundos depois, a luz se apagou.
Não sei você, mas eu costumo mijar parado. E o sensor era daqueles que detecta movimento.
Um sensor de movimento dentro de um banheiro. O tipo de coisa que deveria ser instalada num hall de elevadores, por exemplo, colocada dentro de um banheiro minúsculo. Existe mesmo gente que caga dançando? A Coreografia Da Merda? O Passinho Da Mijada? O Bonde Do Tolete? Medo.
Bom, tava lá no escuro total. Cortei o jato, dei um passo pra trás, outro pra frente e pronto, a luz voltou (e o exaustor também, dessa vez pude perceber). Continuei o que estava fazendo, quietinho, que é como sei, e tuf!, breu total novamente.
Dessa vez esqueci de... pisar no freio, você sabe, e me mexi pra lá e pra cá, pra frente pra trás, até que toim!, a luz voltou.
Deixei as bordas do vaso, o piso e parte da lixeira molhados.
Fica a dúvida: a culpa é minha?
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